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  • Manifiesto contra la cancelación - El caso de Boaventura de Sousa Santos

    Boaventura de Sousa Santos es un reconocido intelectual público, tanto a nivel nacional como internacional. Desde hace tres años ha sido objeto de una campaña de difamación. Nunca ha sido juzgado ni condenado por la justicia, sino únicamente en los medios de comunicación y en las redes sociales. No ha tenido oportunidad de defenderse ni de beneficiarse de la presunción de inocencia ni de las garantías procesales básicas. Recientemente, hizo públicos documentos que demuestran la falsedad de las acusaciones presentadas en su contra por antiguas investigadoras del CES ( aquí ). La filósofa brasileña Marilena Chaui ha asumido una postura pública firme en contra de esta difamación y de la llamada “política de cancelación ( aquí ). Es hora de acabar con el silenciamiento de Boaventura de Sousa Santos y volver a escuchar su voz. Es hora de poner fin a su muerte civil. Es hora de volver a verlo participar en el panorama nacional e internacional. Es hora de ver publicados los nuevos libros que ha escrito. Es hora de rechazar las protestas y manifestaciones, sean públicas o no, que se oponen a su participación en eventos intelectuales, culturales o políticos, como ocurrió recientemente en la Universidad de São Paulo. En relación con esto, 23 académicas publicaron una “Nota crítica” sobre la llamada “política de cancelación” ( aquí ). Es hora de acabar con el intenso e injusto silenciamiento de un gran intelectual. Puedes enviar tu firma y unirte al manifiesto aqui Firmantes Nombre Profesión País 1 A. Joseph Layon Professor de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Central da Florida em Orlando EUA 2 Adolfo Pérez Esquivel Prémio Nobel da Paz Argentina 3 Adriana Anacona Muñoz Mulher Indígena Yanakuna / Grupo de Investigação Educação Popular, Universidade del VallePar Evaluador Reconocido por Minciencia Colombia 4 Afonso Pedrosa Abogado Portugal 5 Agostinho Francisco Leite D’Almeida Profesor universitario jubilado. Portugal 6 Aida María Quintanoa Arias Advogada Equador 7 Alcides Silva de Miranda Professor Titular da Universidade Federal de Rio Grande do Sul Brasil 8 Aldaiza de Oliveira Sposati Professora titular da Pontificia Unversidade Católica de S. Paulo. Pós-doutorada pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Brasil 9 Alejandro Iglesias Rossi Presidente do Conselho Argentino da Música Argentina 10 Alejandro Sierra Benayas Editor Espanha 11 Alexandre Quintanilha Professor Jubilado da Universidade do Porto Portugal 12 Alfonso Lima Professor da Universidade de Tlaxcala México 13 Alfonso Torres Carrillo Professor Emérito da Universidade Pedagógica Nacional Colombia 14 Alfredo Attié Titular da Cátedra San Tiago Dantas / Presidente da Academia Paulista de Direito Brasil 15 Alice Kessler-Harris R. Gordon Hoxie Professora emérita de Historia. Universidade de Columbia. EUA 16 Alice Telles Domingues dos Santos Tradutora, ex-locutora de rádio, leitora da Biblioteca Sonora da Biblioteca Municipal do Porto, para Cegos e Amblíopes e durante 31 anos, até 01-05-1998, funcionária da TAP -Air Portugal Portugal 17 Allen Hunter Funcionário Jubilado / New York University EUA 18 Allene Lage Professora titular da Universidade Federal de Pernambuco Brasil 19 Almeida Faria Escritor Portugal 20 Alvaro Augusto Guedes Galvani DiplomáticoMinistério das Relações Exteriores Brasil 21 América Almeida Enfermera   22 Amir Limana Professor Universitário (IFPR) Brasil 23 Amit Singh Investigador pósdoutoral,  CES, Universidade de Coimbra Portugal 25 Ana Célia Castro Directora do Colégio Brasileiro de Estudos Superiores da UFRJ Brasil 249 Ana Lanita investigadora doutoranda | IHA-NOVA FCSH / IN2PAST Portugal 26 Ana M. Martins Universidade de Lisboa Portugal 27 Ana María Araujo Universidad de la Republica Uruguay 28 Ana Maria Benavente da Silva Nuno Socióloga / Professora Catedrática jubilada, Universidade de Lisboa (Instituto de Ciências Sociais) e Universidade Lusófona Portugal 240 Ana Maria Dalla Zen Professora titular aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil 29 Ana María Gómez Pérez Professora do Departamento de Trabalho Social e Serviços Sociais da Universidade Pablo de Olavide Espanha 30 Ana María Núñez Henao Investigadora e Advogada Colombia 24 Anabela Moutinho Professora do Ensino Secundário Portugal 31 André Gonçalo Dias Pereira     32 Andrea Carolina Martínez Arcos Estudante de Doutoramento em Ciências Económicas, Empresariais e Sociais Espanha 33 Andrej Grubacic Professor e director do Departamento de Antropología do CIIS-San Francisco, CA EUA 34 Andres Stagnaro Artista Uruguay 35 Ángeles Castaño Madroñal Professora de Antropologia Social, Universidade de Sevilha Espanha 36 Antonio Antón Morón Sociólogo, politólogo e escritor. Professor (jubilado) daUniversidade Autónoma de Madrid Espanha 37 António Carlos de Almeida Comerciante do sector de restauração Portugal 38 Antonio Carlos de Almeida Castro- kakay Advogado Brasil 39 António Eugénio Alves Martins Empresário jubilado Portugal 40 António Gomes Marques Director bancário jubilado Portugal 41 António Joaquim Coelho de Sousa Ribeiro Professor Catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Portugal 42 António Manuel Oliveira Professor de Ciências da Comunicação, jubilado, e escritor (Blog AViagem dos Argonautas)  Portugal 43 Arlein Charry Velasquez Gerente Colombia 44 Arlindo Isabel Editor literário Angola 45 Arménia Coimbra Abogada Portugal 46 Augusto Raúl Paulino Juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Moçambique, Antigo Procurador Geral da Rapública Moçambique 47 Augusto Rogério Leitão Professor da Facultade de Economía da Universidade de Coimbra (jubilado) Portugal 48 Bahia MH Awah Escritor, antropólogo, poeta sarauí-mauritano-espanhol. Professor Honorário, UAM.Membro do Centro de Estudos Afro-hispânicos, CEA, UNEDMembro da Associação Colegial de Escritores, ACE.Membro Grupo escritores "Generación de la Amistad".Delegado académico exterior da Fundação Manuscritos Antigos S.M Habott, Chinguetti. Saara Ocidental 49 Baltasar Garzón Real Jurista Espanha 50 Benjamin Xavier de Paula Professor universitário - UFU/UFVJM/UnB/USP Brasil 51 Blanca Helena O´Byrne Orozco Artista independente Colombia 52 Boaventura Monjane Investigador associado, Instituto de Estudos sobre a Pobreza, a Terra e o Meio Rural, Universidade de Western Cape África do Sul 53 Bruna Muriel Investigadora e professora da Universidade Federal do ABC Brasil 54 Bruno Sena Martins Investigador Independiente Portugal 55 Cândido Grzybowski Sociólogo / Ex-diretor do IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Económicas / Ex-membro do Comité organizador brasileiro do Fórum Social Mundial Brasil 56 Carlos Antonio Aguirre Rojas Sociólogo, Instituto de Investigações Sociais da Universidade Nacional Autónoma do México México 57 Carlos Jorge de Castilho Rabaça Director do Serviço de Urología do IPO de Coimbra Portugal 58 Carlos Lopes Professor, Escola Nelson Mandela de Governança Pública,  Universidade de Cape Town. África do Sul 59 Carlos Manuel Braz Saraiva Professor de Psiquiatria da Facultad de Medicina da Universidad de Coimbra. Portugal 237 Carlos Manuel Costa Almeida Médico Portugal 60 Carlos Tapia Coordenador Adjunto do Laboratório de Epistemologías del Sur y Estudios Socioespaciales (IUACC) Espanha 61 Carolina Corcho Mejía Professora da Universidade Nacional de Bogota (foi candidata às primárias para a presidência da república) Colombia 252 Cássio E. V. Hissa Professor da Universidade Federal de Minas Gerais 62 Cláudia Cristina Ferreira Carvalho Doutora em Educação pela UFMT, com investigação doctoral no Centro de Estudios Siciais, Universidade e Coimbra.Professora da Facultade de Educação da Universidade Federal de Grande Dourados/FAED/UFGD.Líder do Grupo de Estudo e Investigação: Muxirum Epistemológico. Brasil 63 Cláudia Maisa Antunes Lins Professora e investigadora da Universidade Estatal de Bahía (UNEB) Brasil 64 Cláudia Rose Ribeiro da Silva Professora e Coordenadora do Museu da Maré Brasil 65 Cristina Guarnieri Directora Editorial Castelvecchi Italia 66 Daniel Jadue ex-presidente da  câmara da Recoleta, Santiago do Chile Chile 67 Daniel Munduruku Activista indígena e escritor Brasil 68 Daniele Silva Gonzalez Advogada / Mestre em Direitoss Humanos e Cidadania Brasil 69 David Trubek Decano de Estudos Internacionais e Professor Emérito de Direito Vos Bascom, Universidade de Wisconsin-Madison EUA 70 Denilza Frade  Mestre em Gestão e Ciências Públicas (CLACSON), Doutoranda em Sociologia, CES, Universidade de Coimbra Brasil 71 Denis O'Hearn Membro inscrito da tribu Qawlangin de Uulaska, Prof. de Sociologia, ex-decano de Artes Liberais na Universidade deTexas USA 72 Diogo Sardinha Filósofo, primeiro presidente estrangeiro do Colégio Internacional de Filosofia, Paris Portugal/França 73 Dipak Malik Director emérito do Instituto Gandhiano, Varanasi India 74 Edgar Ardila Amaya Professor da Universidade Nacional Colombia 75 Edson Kayapó Activista indígena, professor do Instituto Federal da Bahia Brasil 76 Eduardo Correa Senior Professor e investigador da Pósgraduação em  Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Universidade Autónoma da Cidade de México, membro fundador do Observatório de Direitos Humanos COLPAZ, colombianos pela paz na Colombia México 77 Eduardo Xavier Lemos Doutor em Direito, Advogado, Professor Universitário Brasil 78 Eliana Gersão Jurista, ex-investigadora da Facultade de Direito da Universidade de Coimbra,  Centro de Estudos Judiciais. Portugal 79 Elisete Sileny Jacinto de Almeida Advogada, Colégio de Advogados, Coimbra Portugal 80 Eliziane Menezes Flores Doutoranda, Colégio das Artes, Universidade de Coimbra Portugal 81 Elodia Hernández León Professora titular de antropologia da Universidade Pablo de Olavide de Sevilla Espanha 82 Eugenio Raúl Zaffaroni Professor Emérito da Universidade de Buenos Aires Argentina 83 Fátima Cristina da Silva Doutora em Território, Risco e Políticas Públicas / Centro de Estudos Sociais - CES - Universidade de Coimbra Portugal 84 Fernando Ferreira Carneiro Investigador na área de Saúde e Meio Ambiente / Fundação Oswaldo Cruz - Ceará / Participação em saúde e ecología do conhecimento  / Vigilância popular em saúde, meio ambiente e trabalho / Membro do Grupo de Trabalho sobre Saúde e Meio Ambiente de ABRASCO Brasil 246 Fernando Rodrigues da Silva Cadenas Operador de Câmara Portugal 85 Flora Strozemberg Advogada Brasil 86 Francis Daniel Nina Estrella  Professor da Universidade de Porto Rico EUA/Puerto Rico 87 Francisco G Tavares Autor - Blog A Viagem dos Argonautas Portugal 238 Francisco Pereira Aposentado FP Portugal 88 Frieder Otto Wolf Professor de Filosofia Política, Universidade Livre de Berlim Alemanha 89 Gay Seidman Professora de Sociologia, Universidade de Wisconson-Madison USA 90 Gilson Lázaro Professor da Universidade Agostinho Neto Angola 91 Giuseppe de Marzo Coordenador nacional da Rede dei Numeri PariDirector cientifico de GEA, scuola di ecologia integrale per giovani attivisti Italia 92 Gladys Jimeno Santoyo Cátedra Alfredo Molano Bravo Colombia 93 Gonçalo Canto Moniz Professor universitário, Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra Portugal 94 Göran Therborn Professor emérito de Sociologia, Universidade de Cambridge Suécia 95 Graça Capinha Professora Associada jubilada da Facultade de LetrasEx-investigadora do Centro de Estudos SociaisUniversidade de Coimbra Portugal 96 Graça Maria Gouveia da Silva Carapinheiro Professora catedrática emérita de Sociologia ISCTE-IUL Portugal 97 Gustavo José Conde Linguista, músico e comunicador, fundador do Canal do Conde (YouTube) Brasil 98 Hector Costa Sociólogo, investigador, professor do ensino secundário, mediador linguístico e cultural Portugal 99 Heikki Patomäki Professor de Política Mundial e Economía Política Global / Faculdade de Ciências Sociais Finlandia 100 Helda Martínez Jornalista Colombia 101 Helder Macedo Professor Catedrático Emérito da Universidade de Londres, King's College / Escritor Reino Unido 102 Hugh Lacey Professor Emérito de Filosofía, Swarthmore College, Pensilvania EUA 103 Iain Chambers Estudos culturais, postcoloniais e mediterrânicosUniversidade de Nápoles Reino Unido 241 Ilza Maria Tourinho Girardi Universidade Federaldo Rio Grande do Sul Brasil 104 Inês Barbosa de Oliveira Posdoutoramento no CES orientado pelo professor Boaventura de Sousa Santos em 2002. Professora titular jubilada da Universidade Estatal do Rio de Janeiro. Actualmente na Universidad Estácio de Sá. Presidente da Associação Brasileiraa de Currículo. Brasil 105 Inesita Soares de Araujo Comunicóloga, investigadora sénior da Fundação Oswaldo Cruz Brasil 106 Iris Lykourioti Profesor, Universidad de Tesalónica Grecia 107 Isabel Allegro de Magalhães Professora Catedrática de Literatura Comparada, Universidade Nova de Lisboa Portugal 108 Isabel Victoria Lucena Cid Universidade Pablo de Olavide Espanha 109 Issa Shivji Professor emérito de Dereito Público e primeiro professor Julius Nyererede Estudos Panafricanos, Universidade de Dar es Salaam Tanzania 110 Iván Periáñez Bolaño Professor da Universidade de Sevilha Espanha 111 J. N. Cunha Rodrigues Ex-Procurador Geral da República Portuguesa; Juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia; Presidente de Controlo Financeiro da UEFA Portugal 112 Jaime Breilh Director, Centro de Investigación y Laboratorios en Salud Colectiva (CILABSalud) Equador 113 James Tully Profesor emérito da Universidade de Victoria - Canadá Canada 114 Javier Leonardo Surasky Universidade Nacional de La Plata, Facultade de Ciencias Jurídicas e Sociais Argentina 115 Javier Omar Ruiz Arroyave Activista em Masculinidades Libertarias Colombia 116 João Carlos de Freitas Arriscado Nunes Professor Catedrático jubilado da Universidade de Coimbra Portugal 117 João Correia Advogado, ex-Secretário de Estado da Justiça Portugal 118 João Manuel Pacheco Machado Funcionário público jubilado Portugal 119 João Maria Bernardo Ascenso André Professor Catedrático jubilado da Universidade de Coimbra Portugal 120 João Pedroso Professor da Faculdade de Economia da Universiade de Coimbra / investigador do CES  Portugal 121 Joel Rogers Professor de Direito, Assuntos Públicos e Sociología. Cátedra Noam Chomsky, Universidade de Wisconsin-Madison EUA 122 John M. Ackerman Professor da Universidad Nacional Autónoma do México México 123 Jorge Castro Guedes Director teatral, Mestre em Artes Cénicas pela Uiversidade Nova de Lisboa Portugal 243 Jorge Cosme Professor Alemanha  124 Jorge Majfud Professor de Estudos Internacionais na Universidade de Jacksonville EUA 125 Jorge Manuel Fernandes Figueira Ferreira Professor Associado do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Portugal 126 José Alberto Veiga Meira Torres Professor Catedrático jubilado da Facultade de Economía da Universidade de Coimbra Portugal 127 José António Bandeirinha Centro de Estudios Sociales Portugal 128 José António Machado da Silva Pais ICS-Ulisboa Portugal 129 José Carlos de Vasconcelos Jornalista, advogado e escritor Portugal 130 José de Almeida Serra Gestor de empresas e professor Portugal 131 Jose Genoino Neto ex-presidente do PT e ex-deputado federal Brasil 132 Jose Gil Rodrigues Lopes Proprietário de um restaurante Portugal 133 José Luis Exeni Rodríguez Politólogo Bolivia 134 José Manuel de Barros Pereira da Costa Investigador em Relações Internacionais, Doutorado pela Universidad Nova de Lisboa Portugal 135 José Moutinho dos Santos Médico Portugal 136 Jose Pereira da Costa   Portugal 137 José Reis Professor Catedrático jubilado da Faculdade de Economía da Universidade de Coimbra, investigador do Centro de Estudos Sociais. Portugal 239 José Zaluar Basílio  Professor Universitário reformado  Portugal  138 Juan Carlos Gimeno Antropólogo, presidente de Antropología en Acción Espanha 139 Juan Jose Tamayo Secretário Geral da Associação Espanhola de Teólogas e Teólogos João XXIII, Teólogo da Libertação Espanha 140 Juan Manuel Aragüés Estragués Professor Titular de Filosofia, Universidade de Zaragoza Espanha 141 Júlio Manuel Dias Gomes Professor aposentado da Facultade de Economia da Universidade de Coimbra Portugal 142 Julio Mota Professor aposentado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Portugal 143 Jurjo Torres Santomé Catedrático Emérito de Didáctica y Organización Escolar, Universidade da Coruña (UDC) Espanha 144 Karin Elisabeth Wall Gago Investigadora coordenadora jubilada do Instituto de Ciências Sociais da Universidad de Lisboa Portugal 145 Katalin Muharay Jornalista   146 Kenneth M. Stokes Presidente do Foro Mundial de Sostenibilidad Suiça 147 Ladislau Dowbor Professor Titular Jubilado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Brasil 148 Leonardo Avritzer Professor Jubilado da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil 149 Leonardo Boff Professor Emérito de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Brasil 150 Lia Cordoba Garrido Instituto Pensamiento y Cultura IPECAL Colombia 151 Lídia Jorge Escritora, Prémio Pessoa 2025 Portugal 152 Lígia Amâncio Professora Catedrática Jubilada do ISCTE-IUL Portugal 153 Lucy Paixão Linhares     154 Luís Alvarez Barbosa Jubilado   155 Luís Filipe Sarmento Escritor Portugal 245 Luís M Loureiro  Professor do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho  Portugal  156 Luís Manuel Leitão Canotilho Professor coordenador de Artes Visuais / Instituto Politécnico de Bragança Portugal 157 Luiz Carlos Bresser-Pereira Professor Emérito da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo Brasil 158 Lynn Whitford Artista EUA 159 Manolo Monereo Pérez Advogado, ex-deputado Espanha 160 Manuel Jacques Parraguez Ex-decano da Facultade de Dereito da Universidade BolivarianaPresidente Interino da ONG Corporación Privada Canelo de NosMiembro del Directorio ONG Chile Sustentable Chile 161 Manuel Simões Professor Jubilado da Universidade Ca' Foscari, de Veneza, poeta, ensaísta e cronista.   162 Marcelo Firpo Porto Coordenador e investigador do NEEPES/ENSP/FIOCRUZ Brasil 163 Marco Raul Mejia J Educador PopularPlaneta PazMovilizacion social por la Educacion Colombia 164 Maria Alice Chaves Nunes Costa Professora Associada da Universidade da Universidade Federal Fluminense. Postdoutoramento em Sociología pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Doutoramento em Planejamento Urbano e Regional pela UniversidadeFRJ/IPPUR), Mestre em Ciências Políticas, Licenciatura em Ciências Sociais (UFF). Brasil 165 Maria Aydeé Gomez Defensora de Direitos Humanos Colombia 166 Maria Clara Keating Profesora adjunta Portugal 167 Maria Cristina Ortiz Médica Colombia 168 Maria da Conceição de Abreu  Ramalho  de Almeida Professora Associada, Criminologia, Departamento de Ciências Sociais e do Comportamento, Universidade da Maia. Portugal 169 Maria do Socorro da Silva Arantes Profesora adjunta (UFPI) / Doutora em Educação (UFPI) / Doutoramento no Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra / Coordenadora do Núcleo de Investigação - NEPEECDES Brasil 248 Maria eduarda castro jornalista portugal 170 Maria Eduarda Gonçalves Professora Catedrática Jubilada do ICSTE - Instituto Universitário de Lisboa Portugal 171 Maria Elena Tobar Gutierrez Professora Colombia 242 Maria Figueira Professora aposentada Portugal 247 Maria Graça Marques  Magistrada jubilada Portugal 172 Maria Helena Barros de Oliveira Investigadora titular do Departamento de Dereitos Humanos e Saúde (DIHS) da  Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) / Chefe do Departamento de Direitos Humanos e Saúde (DIHS/ENSP/FIOCRUZ) / Doutora em Ciências e advogada. Brasil 173 Maria Irene Ramalho Professora jubilada de Inglês, Estudos Americanos e Estudos Feministas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Portugal 174 Maria Manuela Caldeira de Proença e Cerca Licenciada en História Portugal 175 Maria Margarida Gil Lopes Cineasta Portugal 176 Maria Natércia Vieira de Vasconcelos Bibliotecaria-Archivista jubilada Portugal 177 Maria Paula Meneses Investigadora do CES Moçambique 178 Maria Teresa Gomes Ferreira de Almeida Alves Professora jubilada, Universidade de Lisboa; investigadora do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa Portugal 179 Maria Tertuliana Brasil Professora da Universidade Federal de São Paulo; Doutora em Ciências da Educação pela Universidad de Coimbra Brasil 180 Maria Vitória Barreiros Vaz Pato Investigadora em Ciências da Saúde Portugal 181 Marilena Chaui Filósofa, professora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Artes da Universidad de São Paulo Brasil 182 Marina Ferenczy Investigadora Doutorada pela Universidade de São Paulo e pela Universidad de Ferrara Brasil 183 Marina Pereira de Almeida Mello Professora Brasil 184 Marina Tarnowski Fasanello Investigadora do Núcleo Ecologias e Encontros de Saberes para a Promoção Emancipadora da Saúde (NEEPES) Brasil 185 Mário Jorge Ribeiro Candosa Vitória Artista plástico Portugal 186 Mary Layoun Professora Emérita de Literatura Comparada na Universidade de Wisconsin Estados Unidos 187 Mauro Serapioni Investigador do Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra; Professor Visitante do Instituto Multidisciplinar em Saúde, Universidade Federal da Bahia. Brasil 188 Michael Lowy Sociólogo,  investigador jubilado do CNRS,  Paris. Francia 189 Miguel Ángel Ramírez Zaragoza Coordenador do programa de Investigación y Seguimiento de Procesos Democráticos México 250 Miguel Gomes Alexandre Professor  Portugal  190 Miguel Riera Montesinos jornalista,  editor Espanha 191 Miriam Zarahí Chávez Reyes Estágio de pós-doutoramento no Centro de Investigaciones Interdisciplinarias Sobre Desarrollo Regional (CIISDER) de la Universidad Autónoma de Tlaxcala (UATx) México 192 MOHAMED SALEM ABDELFATAH Poeta e escritor sarauí Saara Ocidental 193 Mor NDAO Professor titular universitarioDirector do programa de doutoramento de la Escuela Doctoral de Estudios sobre el Hombre y la Sociedad ETHOSPresidente de la Comisión Senegalesa de Historia Militar CSHMInspector General de Educación y FormaciónFLSH Universidad Cheikh Anta Diop BP 5005 Dakar-Fann Senegal Senegal 194 Naomar de Almeida Filho Professor Titular Jubilado da Universidade Federal da Bahia Brasil 195 Narbal de Marsillac Fontes Professor do Departamento de Filosofia da UFPB Brasil 196 Norma Cristina Fernández Investigadora da Universidad Nacional de Córdoba / Jornalista - Documentalista Argentina 197 Nuno Ferreira Funcionário Público Ministério da Saúde Portugal 198 Orlando Nhabetse Docente Moçambique 199 Otávio Velho Profesor Emérito de la Universidad Federal de Río de Janeiro (Museo Nacional) Brasil 200 Pablo Dávalos  Foro de Economía Alternativa y Heterodoxa Ecuador 201 Paul Lauter Professor Emérito de Literatura, Trinity College, Hartford, CT EUA 202 Paula Alexandra Ramalho de Almeida Professora Adjunta, Instituto Superior de Contabilidade e Administração, Politécnico do Porto Portugal 203 Paulina Mendes Investigadora sénior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas de Guiné-Bissau (INEP) Guiné-Bissau 204 Paulo Pellegrini Observatório Nacional - Ministério Ciência Tecnologia Brasil 205 Pedro Manuel Teixeira Botelho Hespanha Sociólogo / Professor Jubilado da Facultad de Economia da Universidade de Coimbra Portugal 206 Pep Aparicio Guadas Educador popular e coinvestigador militante; secretário geral do Instituto Paulo Freire - Estado espanhol. Espanha 207 Rafael Bautista Segales Escritor y pensador Bolivia 208 Ramiro Avila Santamaría Professor da Universidade Andina Simón Bolívar Equador 209 Ramón Gabriel Carvajalino Marta Corporación Agroecológica Corazón de Tierra México 210 Ramón Torres Galarza Escritor Ecuador 211 Raquel Siqueira Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Instituto de Psiquiatria (IPUB) Brasil 212 Raul Mendes Fernandes Junior Professor Guiné-Bissau 213 Roberto Liso     214 Roberto Savio Zero Jornalista - Other News Itália 215 Rodrigo Liberona Muñoz Advogado Chile 216 Rodrigo Pacheco Médico Brasil 217 Rosa Soares Nunes Profesora Emérita de la Universidad de Oporto Portugal 218 Rosalvo Almeida Neurólogo, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida Portugal 219 Rui Graça de Castro Feijó Investigador em Ciências Sociais e Humanas (jubilado) Portugal 220 Rui Spranger Actor e encenador de teatro Portugal 221 Ruy Gomes Braga Neto Professor titular de sociologia da Universidade de São Paulo (USP). Brasil 244 Sara Canelhas Professora do Ensino Básico  Portugal  222 Sara Emanuela de Carvalho Mota Analista de políticas sociais no Governo Federal brasileiro;  graduada do programa de posdoctorado do CES UC. Brasil 223 Silviano Santiago Professor Emérito, Universidade Federal Fluminense; Prémio Camões 2022 Brasil 224 Suzeley Jorge Mrs Departamento de Nutrição | UFSC / Centro de Ciências da Saúde - CCS - Campus Universitário Trindade Brasil 237 Tarso Genro Advogado, ex Ministro da Justiça Brasil 225 Teresa Cid Professora Associada jubilada, Universidade de Lisboa Portugal 226 Teresa M. Loureiro Rodrigues Cadete Profesora Catedrática jubilada da Facultad de Letras da Universidade de Lisboa Portugal 251 Tiago Afonso Profesor universitário/Cineasta Portugal 227 Vania de Vasconcelos Gico Professora/Investigadora. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Brasil 228 Vasco Correia Lourenço Movimento dos Capitães, Revolução do Cravos Portugal 229 Vera Duarte Lobo de Pina Juíza desembargadoran, poeta e escritora de ficção Cabo Verde 230 Vital Moreira Professor da Universidade de Coimbra (jubilado) e da Universidad Lusíada, Porto Portugal 231 Vivian Grace Fernández-Dávila Urquidi Professora da Universidade de São Paulo Brasil 232 VJ Romero Escritor e professor jubilado Colombia 233 Wander Melo Miranda Professor emérito da Facultade de Letras / Universidad Federal de Minas Gerais Brasil 234 William Whitford Professor emérito de Direito, Facultade de Direito, Universidade de Wisconsin-Madison. EUA 235 Wladimir Brito Professor catedrático jubilado de la Universidad Portucalense, Porto / Presidente do Conselho de Educação Superior Militar Portugal 236 Xosé Manuel Beiras Torrado Catedrático da Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad de Santiago de Compostela, Galicia. Espanha

  • Boaventura de Sousa Santos en Brasil: encuentros, debates y comunidad

    Os dejamos unas fotografías del reciente viaje de Boaventura de Sousa Santos a Brasil, donde ha acompañado a organizaciones sociales, periodistas, y académicos en múltiples diálogos sobre democracia, justicia social y los desafíos contemporáneos. A lo largo de su estancia, participó en conferencias, entrevistas, debates públicos y encuentros que reafirmaron la importancia del pensamiento crítico. Uno de los momentos más significativos del viaje fue su visita a territorios populares como la Maré , donde compartió el lanzamiento de nuevas obras. El viaje también estuvo marcado por encuentros con compañeras y compañeros de larga trayectoria , así como por debates que buscan ampliar horizontes políticos en un tiempo de incertidumbres. Estas imágenes recogen apenas una parte de los días tan fructíferos vividos en Brasil, un país que sigue siendo un punto central para la práctica intelectual y el compromiso ético de Boaventura de Sousa Santos.

  • Boaventura de Sousa Santos recibe un merecido reconocimiento del IAB

    El sociólogo portugués Boaventura de Sousa Santos  fue recientemente homenajeado por el Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)  con la Medalha Luiz Gama , un galardón que reconoce la trayectoria de quienes se destacan en la defensa de los derechos humanos y la justicia social. La ceremonia, realizada en Río de Janeiro, reunió a miembros del IAB y destacados académicos, quienes celebraron la contribución de Boaventura al pensamiento crítico, la sociología del derecho y la valorización de los saberes marginados. Su trabajo en epistemologías del Sur , participación ciudadana y lucha contra la desigualdad lo han consolidado como una voz influyente en el debate latinoamericano sobre derecho, sociedad y democracia. De izquierda a derecha: José Muiños Piñeiro Filho, Eduardo Xavier Lemos, Técio Lins e Silva, Agostinho Campos, Boaventura de Sousa Santos, Rita Cortez, Marcia Dinis, Rogério Borba e Izabel Nuñez. El reconocimiento del IAB no solo destaca su trayectoria académica, sino también su compromiso con la inclusión social y la transformación de las estructuras de poder que afectan a las comunidades más vulnerables.   Te invitamos a leer el artículo completo en el sitio oficial del IAB : Boaventura de Sousa Santos é homenageado pelo IAB com a Medalha Luiz Gama

  • La muerte civil de Boaventura de Sousa Santos. Por Maria Irene Ramalho

    La autora de este texto es Maria Irene Ramalho, profesora catedrática jubilada de la FLUC, afiliada internacional de la UW-Madison (1990-2018) e investigadora del CES (1990-2024). Soy la esposa de Boaventura de Sousa Santos. Conozco los hechos. Que no siga leyendo quien piense que no soy capaz de hablar del tema con objetividad. 2023-2025 Todo comenzó con la publicación del artículo «The walls spoke when no one else would: Autoethnographic notes on sexual-power gatekeeping within avant-garde academia», de Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro y Miye Nadya Tom, en Sexual Misconduct in Academia: Informing and Ethics of Care in the University . Ed. Erin Pritchard y Delyth Edwards. Londres: Routledge, 2023. ¿Se trataba de un artículo científico sobre el acoso en el mundo académico? ¿O de un panfleto escrito de mala fe y con un objetivo sórdido y obvio? Destruir el CES. Para ello, era fundamental destruir a su director emérito (como se dice en la página 222 del capítulo difamatorio). Gay Seidman (socióloga, Universidad de Wisconsin-Madison) y Linda Gordon (historiadora, Universidad de Nueva York) son dos destacadas científicas sociales feministas que conocen bien y admiran el trabajo que el CES ha desarrollado bajo la dirección de Boaventura de Sousa Santos. La flagrante falta de ética científica del capítulo firmado por Viaene, Larangeiro y Tom, lleno de acusaciones basadas en rumores y difamaciones anónimas, las indignó y las llevó a enviar una carta a Routledge denunciándolo, esperando una reacción adecuada por parte de la editorial. Routledge respondió rápidamente agradeciendo la llamada de atención. Lo que los comentarios de Seidman y Gordon no lograron fue poner al descubierto la mala fe con la que está escrito el capítulo y cuál fue el objetivo que lo motivó. Eso es lo que hace el análisis crítico que sigue a continuación, y que muestra claramente la insidiosa elección de la bibliografía que utilizan las autoras y la lectura sesgada que hacen de ella. El capítulo no solo revela una falta de ética académica. Pretendiendo pasar por científico en una editorial de renombre, el capítulo no tiene nada de científico. Queda por saber por qué pasó el filtro de la evaluación editorial. El título debería haber alertado inmediatamente a los revisores. ¿Qué «dijeron las paredes» al fin y al cabo? Que el «Star Professor» (Boaventura de Sousa Santos) es un «violador». Las tres autoras del capítulo deberían haber sido procesadas inmediatamente por el CES, que también debería haber interrogado a Routledge sobre esta publicación. Por qué no fue así es una cuestión que aún debe aclararse. Las autoras admiten que han tomado la denominación de «Star Professor» de un artículo de la periodista Esther Wang, publicado en Jezabel , una revista estadounidense especializada en escándalos políticos y sexuales, sobre el conocido caso de Avital Ronell, profesora de Literatura Comparada de la Universidad de Nueva York, acusada de acoso sexual prolongado a uno de sus alumnos. Lee el texto completo aqui .

  • PODCAST: Boaventura analiza el narcisismo de la pertenencia

    Boaventura de Sousa Santos, profesor emérito de Sociología de la Universidad de Coimbra, habla de su formación profesional, desde el Derecho hasta la filosofía del Derecho y, posteriormente, la sociología, pasando por sus años de estudio en el Berlín de la Guerra Fría, luego en Yale a finales de los años sesenta y principios de los setenta, y su eventual participación en el Foro Social Mundial y sus esfuerzos por intensificar la lucha de clases. Partiendo de su reciente artículo sobre la cultura de la cancelación, de Sousa Santos analiza el «narcisismo de la pertenencia» y cómo la política de identidad está saboteando a la izquierda, donde la conexión con la economía política se pierde en favor del lenguaje de la inclusión. Analizando la instrumentalización de la victimización y las mentiras que se utilizan para crear narrativas que se basan exclusivamente en la perversa suposición de la inocencia femenina y la culpa masculina, de Sousa Santos observa el discurso social actual y los regímenes protofascistas de nuestro tiempo, en los que ha regresado la Inquisición de la Edad Media. Al señalar el auge del fascismo social, que en su opinión podría derivar en fascismo político, de Sousa Santos sostiene que la proliferación de narrativas de victimismo crea al sujeto como una especie de res extensa  inerte, en términos cartesianos, que niega simultáneamente la noción spinoziana de potentia  humana, algo que, en su opinión, acabará con el movimiento feminista. Y lo hace en este podcast que invitamos a su visualización.

  • "La cancelación de Boaventura de Sousa Santos: Linchamiento sin sentencia judicial" por Bea Talegón

    En 2023, un libro sobre mala conducta sexual en el ámbito académico incluyó un capítulo que relataba presuntos casos de abuso en el Centro de Estudios Sociales de la Universidad de Coimbra. Aunque el texto no mencionaba nombres, pronto se vinculó al sociólogo Boaventura de Sousa Santos . A esto se sumó la denuncia pública de la activista mapuche Moira Millán por una agresión supuestamente ocurrida en 2010. La reacción institucional fue rápida: universidades cortaron relaciones, cancelaron colaboraciones y se suspendieron doctorados honoris causa. La editorial retiró el capítulo polémico. Todo esto ocurrió antes de que existieran sentencias judiciales o procesos que pudieran confirmar las acusaciones. Una comisión interna del CES concluyó que no había pruebas suficientes para atribuir culpabilidad individual. Sin embargo, el daño a la reputación de Boaventura ya era irreversible, mostrando un claro desbalance entre la opinión pública y la justicia formal. El caso plantea preguntas sobre la presunción de inocencia, la responsabilidad institucional y los límites de la cultura de cancelación. Es un recordatorio de que denunciar abusos es vital, pero destruir reputaciones sin mecanismos claros de defensa puede generar daños irreparables. Lee el artículo completo aquí .

  • Nuevo artículo de Boaventura "Cancelación, Inquisición y fatwa"

    Precisiones existenciales y conceptuales Soy un científico social y, como tal, me siento obligado a tratar los temas que abordo con objetividad, aunque no con neutralidad. Estoy en contra del control de las ideas y los comportamientos a través de los dispositivos que analizo en este texto, e intentaré explicar por qué. Resulta que, en este caso concreto, hay una razón especial para mi falta de neutralidad. Y es que desde hace tres años soy víctima de una cancelación derivada de una infame calumnia basada en una sórdida cadena de denuncias falsas de las que no he podido defenderme por no encontrar un foro en el que demostrar la falsedad de dicha calumnia. El daño a mi reputación y a mi salud es enorme. Por lo tanto, no puedo ser neutral al analizar este tema. Aun así, intentaré hacerlo con la mayor objetividad posible. Entiendo por cancelación la prohibición o el silenciamiento formal o informal de un pensamiento o de un pensador por razones de su inconformidad con la ortodoxia política o cultural dominante, razones que, en general, se ocultan y se sustituyen por otras de naturaleza no política y no cultural. Este tipo de control social del pensamiento y de los pensadores tiene una larga historia, fue declarado eliminado o restringido por el surgimiento de la democracia liberal y su principio de libertad de expresión, pero ha vuelto a cobrar intensidad en los últimos tiempos con la llamada «cultura de la cancelación». Implica la exclusión sumaria de lo que se considera controvertido, heterodoxo o simplemente peligroso. Son bien conocidos las cancelaciones de Sócrates, Giordano Bruno, Baruch Espinosa, Damião de Gois, Nikolai Buhkarin, Rosa Luxemburgo, intelectuales opositores a dictaduras civiles y militares de todo tipo, en el período del macartismo en Estados Unidos y, más recientemente, en la llamada cultura del wokeismo y en alguna reacción contra ella. En las sociedades democráticas, cuya característica política esencial es que las ideas controvertidas o heterodoxas no son peligrosas siempre que no impliquen insultos, calumnias o incitaciones a la insurrección antidemocrática, la cancelación debe operar a través de dispositivos ideológicos considerados apolíticos. Los más comunes en el período reciente tienen que ver con la diversidad etnocultural, la sexualidad y la corrupción. Cancelar es lo contrario de responsabilizar. Responsabilizar implica argumentación, contradicción, proporcionalidad y respeto por la ley, posibilidad de recurso y reparación. Cancelar, por el contrario, implica condenar sin contradicción creíble, silenciar, boicotear, torturar, exiliar, desterrar, matar civil o incluso físicamente, con desprecio por la ley o manipulación total de la ley. Ante esto, la resistencia o la oposición en el proceso de responsabilización es incomparablemente más fácil que en el proceso de cancelación. La cancelación es el producto de un cierto Zeitgeist , un amplio entorno cultural, social, político y jurídico que deja huellas profundas y duraderas en la sociedad, incluso después de haber dejado de existir formalmente. La cancelación nunca es legítima. Por el contrario, la rendición de cuentas es tanto más urgente cuanto más prevalecen el racismo, el sexismo, la intolerancia, el odio, la difusión de ideas y noticias falsas y las prácticas de supresión de los derechos democráticos (como el derecho a votar y a elegir libremente a quién votar). La cancelación hoy La cancelación se asocia hoy en día con el predominio de las redes sociales como una forma de cultura digital popular que tiene por objeto avergonzar públicamente a una figura pública influyente mediante denuncias relativas a la violación no probada de normas de aceptabilidad, moralidad o legalidad, con el objetivo de silenciar o eliminar la influencia de la figura pública en cuestión. La prevalencia de las redes sociales es tal que la diferencia entre la vida real y la vida virtual desaparece, sobre todo entre los jóvenes. Surge una nueva forma de sociabilidad centrada en un individualismo narcisista cuyo espejo es la red (o redes) en la que se integra el individuo. Se trata de la fabricación ultrarrápida de prismas de información y evaluación basados en una confianza participativa cuyas raíces no son más profundas que la superficialidad de las relaciones virtuales. La cultura de la cancelación tiene cuatro características específicas: La primera característica es la hiperbolización de la denuncia para convertirla en un escándalo público, un escándalo tanto mayor cuanto mayor sea el conocimiento y la influencia públicos de la persona afectada, ya sea un intelectual, un líder político, una «celebridad» o un « influencer ». La denuncia en sí misma no significa escándalo. De hecho, puede ser recibida con indiferencia o solo con resentimiento. Para convertirse en escándalo, debe ser procesada por los amplificadores de las redes sociales y los medios de comunicación, que pueden tener intereses propios en su amplificación. En el caso actual, los amplificadores pertenecen predominantemente a las fuerzas políticas de derecha y extrema derecha, y también a algunas fuerzas de izquierda y extrema izquierda cuya única aspiración es ser reconocidas por la derecha. La segunda característica consiste en exigir una participación acrítica y convertir cualquier crítica en una razón suficiente para cancelar al crítico. El temor que esto genera es el principal motor de la retroalimentación de la cultura de la cancelación. Las compuertas del odio de los usuarios y los amplificadores de las redes se abren e inundan instantáneamente el espacio digital. La tercera característica consiste en que la denuncia de un comportamiento o idea inaceptable puede ser llevada a cabo por cualquier individuo (real o virtual) que, al hacerlo, se convierte en acusador, juez y ejecutor de la sentencia condenatoria. Como producto de la cultura de la cancelación, el wokeismo se basa en la idea de que la realidad social es una construcción dominada por el poder, la opresión y la identidad grupal. Quien se rebela contra la realidad así construida es siempre considerado el más vulnerable, el que corre más riesgos y, por lo tanto, el que tiene la razón. Denomino síndrome de David contra Goliat a la envidia, no necesariamente consciente, que activa la diferencia de escala de humanidad pública entre quien denuncia y quien es denunciado y se propone invertirla como prueba de que la jerarquía es siempre injusta y que la resignación no es el destino. La cuarta característica es el hecho de que la cancelación, al igual que el incendio forestal, se propaga sin control. Pero, a diferencia del incendio, nadie se moviliza para apagarlo y solo algunos esperan que el terreno, después de quedar calcinado, vuelva a dejar crecer, tras mucho tiempo, la frágil hierba de la verdad que, por cierto, pocos relacionarán con las causas del incendio anterior. El silenciamiento abrupto inicial del afectado y el posterior olvido son los dos hitos de la cultura de la cancelación. Mientras impera sin control, la cancelación fusiona el mundo interior de cada participante en una comunidad virtual que opera con lógica de multitud y actúa como cámara de eco. Una vez iniciada la participación, todo lo que la pone en tela de juicio se vuelve indeseable. El rechazo de la diversidad y la complejidad son esenciales para el crecimiento de la comunidad canceladora. La divergencia implica expulsión y cancelación. El silencio ante la denuncia o la pérdida de activismo para difundirla pueden considerarse sospechosos, pero no cuestionan la dinámica de la cancelación. La cancelación en la historia: la Inquisición y las fatwas La cancelación es un castigo por ideas o conductas consideradas inaceptables, inmorales o ilegales. Todas las sociedades han tenido medios, procedimientos e instituciones encargados de investigar la naturaleza de las ideas y conductas e imponer el castigo correspondiente. Las diferencias en cuanto a los medios, procedimientos e instituciones son lo que distingue a las sociedades. En este texto me limito a dos tipos de dispositivos censores y punitivos que, aunque creados en lo que denominamos Edad Media, siguieron teniendo una influencia importante durante toda la época moderna y hasta nuestros días. Se trata de dispositivos con fuertes vínculos con el Estado moderno, tras la creación de este, pero que tienen cierta autonomía formal en relación con él. Me refiero a los tribunales de la Inquisición en la Iglesia católica y a la emisión de fatwas en la religión islámica, aunque la situación en este último caso varía mucho de un país a otro. No pretendo entrar en el largo debate histórico sobre el origen, la función, la organización y la relación con el Estado o la autoridad civil de cualquiera de estos dispositivos. Solo pretendo analizar las similitudes y diferencias entre los métodos que utilizan y las sanciones que aplican. La Inquisición Aunque existe desde el siglo XII, es sobre todo a partir del siglo XVI cuando la Inquisición asume una importante función de control social, en particular en lo que se refiere a la sexualidad y la herejía (apostasía, blasfemia, brujería), dos temas que, bajo diferentes formas, aparecen con frecuencia en los procesos de cancelación. Había tribunales de la autoridad civil con funciones similares, pero los tribunales del Santo Oficio de la Inquisición tenían una ubicuidad, penetración territorial y capilaridad social muy superiores («familiares», clérigos, jueces itinerantes). La relación con el Estado era estrecha. Los condenados a muerte por herejía eran entregados a los tribunales seculares para que estos dictaran y ejecutaran la sentencia definitiva. Era frecuente que el rey asistiera a los autos de fe , sobre todo cuando la pena máxima (muerte en la hoguera o en el garrote) era impuesta por el tribunal del Santo Oficio en colaboración con el tribunal civil. La misma estrecha colaboración existía en el caso de la confiscación de bienes y propiedades. El Tribunal de la Inquisición existió en España entre 1478 y 1834 y en Portugal entre 1536 y 1821. Las relaciones entre las dos monarquías dictaron el destino de los judíos y los moros, que durante siglos habían practicado libremente su religión. En Portugal, es conocida la persecución de la que fueron víctimas, a partir de 1497, los conversos (cristianos nuevos o marranos) acusados de seguir practicando su religión en secreto. La persecución se extendió a las colonias de estos países. Son ejemplos de ello la Inquisición de Goa y la Inquisición de Brasil, en el caso portugués, y la Inquisición del Perú y la Inquisición de México, en el caso español. Entre las víctimas se encontraban también los acusados de practicar religiones africanas (brujería) y, en la India, el hinduismo. El tribunal del Santo Oficio comenzaba con el «edicto de gracia» (más tarde, «edicto de fe»), en el que durante treinta días aceptaba denuncias anónimas de todo tipo, incluyendo rumores, habladurías y sospechas. La confianza que los inquisidores depositaban en los denunciantes era un incentivo para la denuncia oportunista (motivada por venganzas y rivalidades o por los beneficios que podían derivarse de la condena del denunciado). Los denunciantes que tenían una relación más estrecha con el denunciado eran especialmente valorados (socios en negocios, trabajadores en el mismo lugar, habitantes de la misma casa, parientes). El prestigio que se derivaba de participar en la labor del Santo Oficio y la protección que ello suponía llevó a personas que más tarde se hicieron famosas a colaborar asiduamente. Así ocurrió con el pintor Doménikos Theotokópoulos, más conocido como El Greco, que además de pintar figuras de la Inquisición de Toledo, frecuentaba el tribunal como intérprete y como testigo. Los denunciantes no estaban sujetos a ningún proceso contradictorio. El delito de herejía se consideraba tan grave que incluso los delincuentes, los excomulgados y los dementes podían denunciar o testificar. Las denuncias más comunes eran el criptojudaísmo o el, la superstición, la brujería, la blasfemia, la homosexualidad, la bigamia, el luteranismo, la masonería y la herejía (crítica de los dogmas). Los sospechosos eran convocados ante los inquisidores y el terror era tal que muchos confesaban solo por miedo a que sus amigos o vecinos los acusaran más tarde. Los acusados eran arrestados y considerados culpables a menos que probasen su inocencia. Tal prueba era difícil, entre otras cosas porque los acusados no conocían los detalles de la acusación ni quién los había acusado o la identidad de los testigos. Por lo tanto, una posibilidad común de absolución residía en que el denunciado hubiera denunciado a otras personas. La confesión se obtenía mediante amenazas de muerte, prisión, privación de alimentos y, sobre todo, tortura o amenaza de tortura, mostrando los instrumentos de tortura que se utilizarían. A lo largo de los siglos, el papado elaboró varios manuales sobre la autorización y el uso de la tortura. La tortura podía aplicarse tanto cuando el delito no estaba probado como cuando la confesión se consideraba incompleta (básicamente por no haber denunciado a otras personas, el llamado diminuto ). La presencia del abogado designado por el Santo Oficio era una farsa sin ningún propósito de defender al acusado. De hecho, dicho abogado no tenía acceso al proceso y a menudo se convertía en un denunciante más. Los juicios eran secretos y no había recurso. Las penas tenían tres niveles: penitencia, reconciliación y muerte. Los penitentes y reconciliados estaban obligados a llevar durante meses el sambenito, una túnica que los estigmatizaba como condenados, símbolo de infamia. Las penas más comunes eran el exilio, la flagelación, los trabajos forzados (por ejemplo, en los barcos), la confiscación de bienes, la prisión y la pena de muerte en la hoguera o en el garrote. El exilio tenía la función de excluir de la sociedad a todos los individuos indeseables. La confiscación de bienes no solo tenía la función de financiar a la Iglesia (los inquisidores) y al Estado (en menor medida), sino también de castigar a la familia del condenado, que quedaba a merced de la caridad pública. Las fatwas Al igual que los juicios del Santo Oficio, las fatwas tienen la función de control social y de corrección en el plano de la ortodoxia. Pero las similitudes terminan ahí, ya que en el Islam no existe una autoridad centralizada similar al papado en la Iglesia Católica. La historia de la fatwa en el Islam sugiere que puede tener tres significados: Una información autorizada sobre la religión islámica. Un dictamen o consulta para un tribunal. Una interpretación de la ley islámica. Fatwa se utiliza en el Corán con el significado de «solicitar una respuesta definitiva» o «dar una respuesta definitiva». La fatwa abarca hoy en día un amplio campo de la teoría jurídica, la teología, la filosofía y la ortodoxia, mucho más allá de lo que se denomina jurisprudencia ( fiqh ). La fatwa no es una decisión judicial y abarca asuntos que van mucho más allá de las competencias de los tribunales. A diferencia de la decisión judicial, la fatwa no es de aplicación obligatoria; su cumplimiento es voluntario. Dada la falta de centralización del Islam, las fatwas pueden ser emitidas por diferentes escuelas y su autoridad depende de la autoridad de los líderes religiosos que las emiten (los muftis ). Y estos, al pronunciar una determinada fatwa , deben justificarla a la luz de una determinada tradición o doctrina. Los muftíes con la más alta cualificación se consideran intérpretes «absolutos» o «independientes» de la sharía , la ley islámica. A lo largo de la historia del Islam, ha habido algunos muftíes muy poderosos, incluso como líderes políticos. En épocas más recientes, la fatwa se ha considerado una opinión jurídica emitida por un especialista en derecho islámico. En un intento por armonizar y sistematizar las fatwas , hoy en día existen tres Consejos de Ideología Islámica, uno en Pakistán, otro en Arabia Saudí y otro en Egipto, pero su función es meramente consultiva y aclaratoria. Las fatwas son similares a las opiniones de los jurisconsultos romanos o a las responsa rabínicas de los expertos judíos. Todas ellas tienen en común el hecho de consistir en respuestas a preguntas, pero el estilo retórico, las fórmulas convencionales y el propio lenguaje varían mucho según la cultura islámica local. Existen grandes colecciones de fatwas de la época del Imperio Otomano y de ciertas escuelas de la India. Las fatwas no se basan en pruebas testimoniales o en el ejercicio del contradictorio, sino en la lectura de las fuentes textuales y en la interpretación que la autoridad religiosa les da. Los muftíes no examinan los hechos, los aceptan tal y como se formulan en las cuestiones de interpretación que se les plantean. Las fatwas varían mucho en importancia, no solo según la autoridad del muftí, sino también según su contenido. Las fatwas menores contribuyen a la estabilidad social y a la organización de los asuntos corrientes, mientras que las fatwas mayores constituyen una declaración importante ante el interés público general sobre cuestiones sin precedentes o particularmente difíciles, relativas a la legitimación religiosa, las disputas doctrinales, la crítica política y la movilización política. Durante el periodo del colonialismo histórico europeo se emitieron muchas fatwas anticolonialistas. En el Imperio Otomano, una fatwa de 1727 autorizó la impresión de libros no religiosos, y la vacunación fue considerada legítima por una fatwa de 1845. Una fatwa de 1804 declaró la guerra en el norte de Nigeria y fatwas de las primeras décadas del siglo XIX en la India declararon a este país como un país de infieles e incitaron a los musulmanes a resistir o emigrar. Posteriormente se emitieron fatwas contrarias. La misma contradicción entre fatwas sobre temas políticos controvertidos tuvo lugar también en Argelia durante el siglo XIX. En 1904, los ulemas de Fez emitieron una fatwa exigiendo la destitución de todos los funcionarios europeos contratados por el sultán. La fatwa del sultán otomano del 14 de noviembre de 1914 declarando la yihad marcó la entrada oficial del Imperio Otomano en la Primera Guerra Mundial. En 1933, los ulemas de Irak emitieron una fatwa exigiendo el boicot de los productos sionistas. Durante el siglo XX, quizás la fatwa más famosa (e infame) de los últimos tiempos es la del ayatolá Ruhollah Jomeini, en 1989, que condenaba a muerte a Salman Rushdie por la publicación del libro Versos satánicos y por la blasfemia, apostasía y ataque al Islam que contenía el libro. Según el Centro de Estudios Islámicos de Oxford, recientemente se han producido avances significativos en lo que respecta al carácter del muftí , el medio a través del cual se comunican las fatwas , los tipos de preguntas que se formulan y las metodologías mediante las cuales los muftíes llegan a sus respuestas. De acuerdo con los principios tradicionales de la jurisprudencia islámica ( usūl al-fiqh ), un muftí debe adquirir un alto nivel de conocimientos especializados antes de emitir fatwas ; sin embargo, muchos movimientos militantes y reformistas han difundido fatwas emitidas por personas no especializadas, que han sido ampliamente difundidas y seguidas. Por ejemplo, en 1998, Osama bin Laden, junto con otros cuatro asociados que se autodenominaban Frente Islámico Mundial, emitió una fatwa en la que llamaba a una «yihad contra los judíos y los cruzados». La fatwa proclamaba que era deber individual de todos los musulmanes matar al mayor número posible de estadounidenses, incluidos civiles. Además de denunciar el contenido de esta y otras fatwas atribuidas a bin Laden, muchos juristas musulmanes señalaron la falta de cualificaciones necesarias por parte de bin Laden para emitir fatwas o declarar la yihad. En los últimos tiempos, las fatwas de militantes extremistas (que recomiendan atentados suicidas con bombas y el asesinato indiscriminado de transeúntes) se consideran ejemplos de incumplimiento de la jurisprudencia clásica en la que deben basarse las fatwas . En julio de 2005, casi doscientos destacados ulemas se reunieron en Jordania para emitir una decisión que reconocía la legitimidad de ocho escuelas de derecho islámico, prohibía declarar apóstata a cualquier miembro de esas escuelas y establecía que solo los eruditos formados de acuerdo con los requisitos de una escuela de derecho reconocida podían emitir fatwas . Uno de los principales objetivos de la declaración, conocida como el «Mensaje de Amán», era deslegitimar las fatwas promulgadas por líderes de movimientos islámicos violentos 1 . Se calcula que un tercio de los musulmanes del mundo vive actualmente en países de mayoría no musulmana. La demanda de fatwas sobre cuestiones como asistir a bodas en la iglesia, responder a la prohibición francesa del hiyab en las escuelas públicas o comprar casas mediante hipotecas ha llevado al controvertido desarrollo de lo que, desde 1994, se ha denominado fiqh al-aqallīyāt , o la jurisprudencia de las minorías (musulmanas). Organizaciones como el Consejo Fiqh de América del Norte, creado en 1986, y el Consejo Europeo para la Fatwa y la Investigación (ECFR 2 ), fundado en 1997, han tratado de proporcionar decisiones autorizadas que aborden las preocupaciones de las minorías musulmanas, faciliten su adhesión a la ley islámica y destaquen la compatibilidad, del Islam, con la vida en diversos contextos modernos. Los miembros internacionales del ECFR han adoptado una metodología explícita que recurre a las cuatro principales escuelas de derecho, así como a una serie de otros conceptos jurídicos, con el fin de producir fatwas colectivas adecuadas a los contextos europeos. Por ejemplo, una decisión del ECFR emitida en 2001 permitió a una mujer convertida al islam permanecer casada con su marido no musulmán; los muftíes justificaron esta posición en parte basándose en las leyes y costumbres europeas existentes que garantizan a las mujeres la libertad religiosa. Aunque este tipo de decisión fue bien recibida por muchos, otros la criticaron por crear un sistema divisorio de excepciones. De hecho, uno de los acontecimientos más importantes ha sido la aparición de mujeres como muftíes y la consiguiente solicitud de que la fatwa sea dictada por un muftí o una experta jurídica. Lo que se ha denominado «guerras de fatwas » refleja la intensidad de las controversias políticas que se han agravado en el mundo islámico en los últimos tiempos. Este tipo de polarización no es muy diferente de la polarización social que subyace a la cancelación, donde se ha invocado el concepto de «guerra cultural», o a las «guerras del Vaticano», que, por cierto, han conocido accidentes muy poco cristianos. Cancelaciones, sentencias del Santo Oficio y fatwas Los procesos judiciales de la Inquisición se han comparado con los infames juicios estalinistas entre 1936 y 1938, «los juicios de Moscú», pero también podrían compararse con los Volksgerichtshof , los tribunales nazis de la misma época. Los procesos de denuncia de la Inquisición también se han comparado con los que prevalecían en Rusia en los primeros años de la dinastía Romanov, a principios del siglo XVII. También hay quienes los consideran como realizaciones reales de El Proceso en la ficción de Kafka. Mi objetivo es más limitado. Se trata de analizar la cancelación producida por la cancel culture con dos instrumentos de control del pensamiento y la conducta que, a pesar de ser muy antiguos, se han mantenido hasta nuestros días, sobreviviendo a varios regímenes políticos y a las profundas transformaciones sociales y culturales que se han producido entretanto. El Tribunal del Santo Oficio fue eliminado a principios del siglo XIX y, como he mencionado, llevaba mucho tiempo perdiendo importancia, pero el control de la ortodoxia, ahora prácticamente limitado a los miembros del clero, sigue en manos de la Santa Sede a través de un departamento de la Curia Romana, el Dicasterio para la Doctrina de la Fe. Este departamento es el sucesor directo del departamento que regulaba la Inquisición, la Suprema y Sagrada Congregación del Santo Oficio. Mantiene los procedimientos inquisitoriales del Santo Oficio, se basa en la interpretación de los textos sagrados por parte de especialistas (como las fatwas ), y los clérigos afectados tienen pocos derechos de defensa. Las condenas se traducen en diversas prohibiciones del ministerio clerical o teológico, ostracismos y estigmatizaciones. Lo que tienen en común los tres dispositivos de control del pensamiento y la conducta se puede resumir en lo siguiente. Todos estos dispositivos niegan los principios de la argumentación democrática, las garantías procesales y los derechos fundamentales de las constituciones posteriores a las revoluciones estadounidense y francesa. Ninguno de ellos se basa en el análisis de los hechos, sino en la interpretación autoritaria de las normas de aceptabilidad, moralidad o legalidad. Todos aceptan denuncias anónimas a cuyas fuentes los acusados no tienen acceso. En el caso de las fatwas , al ser respuestas a preguntas concretas, la situación es distinta, aunque la identidad de quien pregunta puede mantenerse en secreto. En cualquier caso, el impacto de la fatwa escapa igualmente al control de quienes pueden verse afectados por ella, al igual que ocurre con las sentencias del Santo Oficio y la cancelación. El hecho de que las denuncias puedan ser oportunistas o falsas no tiene ninguna importancia, ya que, una vez formuladas, el denunciado es declarado culpable y las posibilidades de demostrar su inocencia son muy limitadas o inexistentes. Dado el prestigio que conlleva participar en un movimiento impulsado por la autoridad central o por el principio de la multitud, personas notorias de otros tiempos, como las personas notorias de hoy (comentaristas políticos, periodistas e influencers conocidos) se esmeran en la labor de amplificar y confirmar las denuncias. Las recompensas en las redes sociales no se hacen esperar, lo que retroalimenta el narcisismo estructural del sistema. Los tres dispositivos rechazan el principio del ejercicio del contradictorio. Las víctimas de las condenas quedan expuestas a formas de vulnerabilidad pública de las que no pueden defenderse. Entre la cancelación y el Santo Oficio hay más afinidades que entre cualquiera de ellos y las fatwas . Debido a la descentralización de la religión islámica, las fatwas solo alcanzan excepcionalmente la unanimidad típica tanto de la cancelación como de la Inquisición. Aunque el ejercicio del verdadero contradictorio no existe en ninguno de ellos, en el Islam, el hecho de que haya fatwas contradictorias crea una forma de contradictorio que, sin ser democrática, permite un derecho de elección que contradice la unanimidad del principio de la multitud que preside la cancelación o el Santo Oficio. En el caso de las fatwas , solo las condenas dictadas por líderes religiosos de gran prestigio alcanzan niveles de consenso y unanimidad similares a los de la cancelación y la Inquisición. Las mujeres, los intelectuales, los artistas y los cineastas han sido víctimas de fatwas más severas cuando estas adquieren el estatus de sentencias judiciales. En estos casos, la descentralización hace que los castigos sean más caóticos e impredecibles e incluyen la flagelación, el exilio y la muerte (por lapidación, por ejemplo). Hay más similitudes entre el dispositivo de la cancelación y el dispositivo de la Inquisición. Ambos dispositivos de control social son accionados por un poder altamente centralizado que permite la unanimidad de las condenas. En la Inquisición, la centralización estaba garantizada institucionalmente por la Santa Sede, mientras que, en el caso de la cancelación, la centralización está garantizada por el principio de la multitud digital y los consensos y unanimidades instantáneas que este permite. El principio de la multitud digital, lejos de actuar como agente de democratización de la opinión, cierra el debate y blinda el consenso obtenido frente a cualquier posición mínimamente divergente. Quien discrepa es inmediatamente considerado sospechoso y, dependiendo de la época, puede convertirse él mismo en blanco del Santo Oficio o de la cancelación. Por esta razón, la denuncia produce un síndrome de terror que se extiende a todo el círculo más cercano al denunciado, ya sea la familia o el lugar de trabajo. En teoría, la máxima solidaridad a la que podría aspirar el denunciado sería el silencio, pero, en realidad, el propio silencio se convierte en un amplificador tácito de las denuncias: quien pertenece al círculo más cercano al denunciado tiene la obligación de saber más que los demás. Y todos lo saben. El silencio es complicidad. Por eso el lugar de trabajo o la proximidad comunitaria son los campos privilegiados para las denuncias oportunistas, las que producen los dividendos de la envidia, del capital social, por ejemplo, del poder y el prestigio institucionales que antes poseía el denunciado. Lo que se exige formalmente es la confesión, pero la confesión no es más que la confirmación y, por lo tanto, la denuncia es simultáneamente el punto de partida y el punto de llegada. En la Inquisición, la tortura era el gran agente de confirmación. Como dijo Alexandre Herculano, cualquier persona sometida a la tortura de la Inquisición podría confesar haber tragado la luna. En la cancelación, la tortura es el propio silencio impuesto al denunciado. Todo lo que diga confirma tanto la denuncia como lo que no diga. Puede intentar hacer una autocrítica honesta, pero esta siempre funciona como el diminuto de la Inquisición. Es decir, sea cual sea su extensión, siempre se considera incompleta porque las denuncias, al ser vagas y anónimas, tienen una elasticidad y disponen de amplificadores que les permiten aumentar hasta el infinito. El denunciado-condenado debe ser expuesto a toda la sociedad porque el objetivo no es corregir al denunciado-condenado, sino instigar el terror social de que lo mismo le puede pasar a otros. De ahí la importancia de los sambenitos . Pero mientras que en la Inquisición los sambenitos operaban por sobreexposición, en la cancelación operan por sobreocultación. Las vestiduras son ahora las vestiduras de la invisibilización que se extiende a la desaparición del espacio público, a la desaparición de sus libros de las bibliotecas y librerías, de su imagen como atracción en los medios de comunicación, a la eliminación de su nombre en las citas y bibliografías, a la mirada de desprecio u odio si por casualidad aflora en el espacio público, al susurro sobre quién es el denunciado-condenado en caso de que el transeúnte-compañero de ocasión no lo haya identificado. Al igual que en la Inquisición, la pena de cancelación comienza a cumplirse con la denuncia. Sin embargo, en la cancelación hay una informalidad creada por el principio de la multitud digital que no existía en la Inquisición. En aquella época era necesario medir minuciosamente la gravedad de las denuncias para calibrar la pena, que podía ser más leve o más severa. Las más severas eran el exilio, la confiscación y la muerte. En el caso de la cancelación, estas tres penas pueden superponerse sin contradicción. El exilio puede ser la huida a otro lugar muy lejano o al mismo lugar donde siempre se ha vivido. En este último caso, el lugar de siempre (su casa) es el lugar de nunca, porque, tras la denuncia, se está en él de una manera totalmente diferente: no como lugar de confort y reparación de fuerzas para nuevas salidas o viajes, sino más bien como lugar de refugio, de escondite seguro. Es la nueva forma de arresto domiciliario decretada por la multitud digital. El exilio significa confiscación, no por lo que se le roba, sino por lo que se le impide ganar. Si era carpintero, deja de tener encargos; si era actor, deja de tener contratos para actuar o rodar; si era escritor, deja de poder publicar o vender sus libros. El exilio combinado con la confiscación conduce acumulativamente a la pena más grave: la muerte. La muerte se considera civil cuando el cuerpo-espíritu del denunciado-condenado sigue vivo, pero la vida es secreta, no porque esté presa en algún lugar, sino porque está olvidada en todas partes. El olvido es la condena a muerte perpetua. La muerte civil se desliza hacia la muerte física, a veces lentamente, otras veces rápidamente, pero, en cualquier caso, nadie se da cuenta. Solo después de que ocurre alguien se atreve a recordarlo. Pero no hay resurrección porque esta fue apropiada por un ser humano que cometió el escándalo de considerarse hijo de Dios. Más valiente fue la esclava Rosa Egipcíaca, que nació en la costa de Ajudá, hoy Benín, en 1719, y murió en las mazmorras (o tal vez trabajando en las cocinas) de la Inquisición de Lisboa, en 1771, después de escribir el primer libro de una mujer negra de Brasil, la Sagrada Teología del Amor Divino de las Almas Peregrinas . Esta resurrección hecha de esfuerzo y sacrificio es la única digna de ese nombre y, por eso, es tan rara. Conclusión Para mostrar la expansión de la cultura de la cancelación, Bromwich escribió en 2018 en el New York Times que: Casi cualquier persona digna de ser conocida ya ha sido cancelada por alguien 3 . Esto se debe a que, aunque las normas que rigen la cancelación son ambiguas y varían según el clima concreto de las redes sociales en un momento dado, sus efectos son unívocos: transformar la inclusión en exclusión, la voz influyente en voz silenciada, la presencia buscada y bienvenida en presencia evitada y marginada. La cancelación es un instrumento de purga ideológica. Aunque la derecha y la extrema derecha han tenido más éxito en utilizar la cultura de la cancelación a su favor, la izquierda y la extrema izquierda también han recurrido a ella y, si lo hacen con menos intensidad o menos éxito, no es por opciones políticas, sino simplemente porque tienen menos representatividad en el mundo de las redes sociales. La cultura de la cancelación no es un movimiento social, ni contribuye a la democratización del discurso. Los movimientos sociales han sido históricamente movimientos de inclusión, que han diversificado las voces en lugar de silenciarlas, y siempre que han cambiado los discursos dominantes lo han hecho mediante duras luchas políticas y la inversión en mucha argumentación. Han corrido muchos riesgos en lugar de cabalgar en la impunidad. No buscaban sustituir a los titulares del poder, sino transformar el poder. La voz que obtuvieron fue ganada a pulso y contra los silenciadores al servicio del poder y la cultura dominantes. Nunca buscaron la humillación pública de nadie, aunque a menudo fueron objeto de ella. Siempre buscaron el debate público y, por lo tanto, el enfrentamiento de ideas en lugar de la restricción del debate según criterios vagos de corrección política, aceptabilidad o legalidad. La cancelación implica epistemicidio, control epistémico sobre la diversidad epistémica de la sociedad y del mundo. Crea líneas abismales que privan a quienes se ven afectados por ellas de los derechos considerados inalienables por los seres humanos tratados como plenamente humanos. Impide el reconocimiento de la complejidad de los temas y el debate riguroso que esta suscita. Al hacerlo, fomenta una cultura de mediocridad, dogmatismo, mimetismo y unanimismos dispersos y polarizados entre sí. La educación, la convivencia democrática y la intersubjetividad son las grandes víctimas de la cancelación. La cancelación es el caldo de cultivo de las nuevas formas de fascismo social y político. Artículo original aquí

  • Un juicio kafkiano: el caso contra Boaventura de Sousa Santos - por Júlio Marques Mota

    Cada vez que leo un texto de Boaventura de Sousa Santos me siento extremadamente incómodo y profundamente perturbado, porque percibo la crueldad de la situación que se ha creado para él: cancelado en toda su carrera académica y a escala mundial. En esta breve nota recurriré a uno de mis autores favoritos, Piero Sraffa, un autor que no tiene nada que ver con esto, por supuesto, pero que nos ofrece una sugerencia muy curiosa. Parafraseando a Sraffa, diré: Podemos imaginar a un hombre procedente de la Luna que observa la sociedad y ve todo el proceso circular de producción e intercambio en su conjunto, así como todo el proceso de creación y distribución de ingresos, sin formar parte de él ni verse influido por sus contingencias internas. La referencia al hombre de la Luna alude a un hecho que tuvo lugar en el Parlamento británico durante un debate sobre la crisis agrícola el 30 de mayo de 1820. Durante este debate, Ricardo habría dicho que «por consultar los intereses de toda la comunidad, se opondría a las leyes sobre el trigo» (Ricardo, Obras V: 49). Henry Brougham, diputado por Winchelsea, que apoyaba la moción de los agricultores a favor de medidas proteccionistas adicionales, describió el argumento de Ricardo como propio de un hombre que «había venido de otro planeta» y vivía en un «mundo utópico» (Ricardo, Obras V: 56). 7. La referencia al «hombre de la luna» puede considerarse, por tanto, una metáfora destinada a indicar la necesidad de adoptar un punto de vista imparcial, de ver las cosas tal y como son, y no a través de las gafas de color de algún grupo de interés concreto. Como señalan Heinz D. Kurz y Neri Salvadori en «On the ‘Photograph’ Interpretation of Piero Sraffa’s Production Equations A View from the Sraffa Archive» (Sobre la interpretación «fotográfica» de las ecuaciones de producción de Piero Sraffa. Una visión desde el archivo Sraffa). La cita de Sraffa nos dice mucho sobre el camino a seguir en el análisis del caso contra Boaventura de Sousa Santos y, sobre todo, por su paralelismo simbólico con la situación de Boaventura. Sraffa vivió exiliado en Gran Bretaña, era comunista, era judío y era una referencia intelectual de primer orden. Boaventura vive exiliado en Quintela, es una figura sólida de la izquierda y su obra, una referencia mundial en el campo de la sociología, está siendo cancelada a escala global, mientras que la obra de Sraffa debería haber sido quemada, según la lógica de los neoliberales que dominaban en aquella época. Al mismo tiempo, tanto Sraffa como Boaventura están relativamente aislados en los círculos académicos, donde el trabajo científico de cada uno es una expresión digna de lo que podríamos considerar la misión de la universidad. Los paralelismos son evidentes (...) Puedes leer el artículo completo aquí

  • "La muerte civil" - Nuevo artículo

    Compartimos nuevo artículo en nuestro blog, y os invitamos a descubrir un texto que ahonda en el concepto de “ muerte civil ", y cómo voces progresistas como Boaventura de Sousa son simbólicamente asesinados al ser cancelados y excluidos del espacio público. El artículo examina cómo estas acciones de difamación orquestada operan como auténticos linchamientos simbólicos. Puedes leer el artículo completo aquí .

  • Nuevo artículo - crítica de mujeres académicas sobre la política de cancelación

    Invitamos a leer un nuevo artículo en Jornal GGN , donde un grupo de mujeres académicas reflexiona sobre los riesgos de la llamada “ cultura del cancelamiento ” en el ámbito universitario. Puedes leerlo aquí

  • Carta abierta en defensa del profesor Boaventura de Sousa Santos - Por Hector Costa

    Hector Costa — Sociólogo de la educación, Investigador, Profesor, Mediador Lingüístico y Cultural, Activista Social   Mi formación académica y personal está profundamente entrelazada con la trayectoria del Profesor Boaventura de Sousa Santos. Fui su alumno de licenciatura en Sociología, durante mi Máster y mi Doctorado, todos organizados por él en el Centro de Estudios Sociales de la Universidad de Coimbra. Más que un viaje académico, fue un viaje transformador, marcado por el rigor, el afecto y el compromiso político con el conocimiento del Sur Global. Boaventura no era sólo un profesor. Fue -y sigue siendo- un constructor de mundos posibles. Un intelectual que se atrevió a desafiar el canon eurocéntrico, que nos enseñó a pensar con los pies en la tierra y la mirada en el horizonte. Sus exigencias metodológicas, pedagógicas y epistemológicas no eran una carga, sino una invitación a la responsabilidad crítica. Nunca nos trató como objetos de estudio, sino como sujetos de conocimiento. La pedagogía del encuentro: En el espacio formal del aula y en los pasillos del CES, Buenaventura cultivó una pedagogía de la escucha, la presencia y la dignidad. Pero fue también en los espacios informales -cafés, cenas en el restaurante Casarão, donde pagaba las comidas de los alumnos necesitados- donde se reveló su dimensión humana y afectiva. Esos momentos no eran sólo gestos de generosidad: eran prácticas de inclusión y de reconocimiento. El río Mondego como metáfora de resistencia: Hoy, cuando miro a Coimbra, veo el Mondego -el mayor de los ríos portugueses- como símbolo de la fuerza que representa Buenaventura. Pero también veo cómo intentaron vaciarlo, matarlo, silenciarlo. Al igual que el río, cuya corriente ha sido desviada, represada y domesticada, Boaventura también ha sido objeto de intentos de contención simbólica. Vaciaron su nombre, mataron su reputación y silenciaron su voz. Pero como el Mondego, que resiste y sigue fluyendo, Bonaventura sigue siendo una corriente de pensamiento insurgente, una fuente de conocimiento plural y un espejo de dignidad intelectual. Afecto y cultura: una gramática del Sur: Como latinoafricano, sé que nuestros modos de expresión -abrazos, besos, cercanía física- forman parte de nuestra gramática afectiva. Son gestos de bienvenida, no de invasión. Buenaventura entendía este lenguaje cultural y nunca lo explotó. En todos los años que vivimos juntos, nunca presencié ningún comportamiento que pudiera interpretarse como acoso moral o sexual. Al contrario, vi a un hombre que daba voz a los silenciados, que creaba espacios de escucha para los invisibilizados. Disputas simbólicas y luchas de poder: El mundo académico es un campo de fuerzas. El CES, como cualquier institución, no es inmune a las disputas de legitimidad, las tensiones internas y los intentos de dominación simbólica. Las quejas que surgen deben escucharse con seriedad, pero también con rigor sociológico. Hay contextos en los que la denuncia se convierte en un instrumento de lucha por el poder, en un intento de golpe institucional, en una forma de silenciar a quienes se atreven a pensar fuera de la norma. Boaventura como horizonte epistemológico : Como sociólogo de la educación, como investigador, como mediador cultural, como activista social, digo con convicción: Boaventura de Sousa Santos es una referencia ética, política y epistemológica. Su trabajo no es sólo teoría, es práctica transformadora. Su presencia no es sólo académica, es insurgente, afectiva, radicalmente comprometida con la justicia cognitiva. Esta carta no es sólo una defensa. Es una afirmación colectiva. Una afirmación de que hay maestros que nos cambian la vida. Y Boanaventura fue, para mí y para muchos, ese maestro.

  • Contra la calumnia. En defensa de Boaventura de Sousa Santos – por Marinela Chaui

    Marilena Chaui es profesora de la Universidad de São Paulo. Es la filósofa más importante de Brasil y una de las mayores expertas mundiales en la filosofía de Spinoza. Es doctora honoris causa de varias universidades, incluida la Universidad de París VIII Quien visite los Uffizzi sin duda se sorprenderá por la diferencia entre dos pinturas de Botticelli: La primavera y La calumnia de Apolo. La primera es radiante, de una belleza celestial. La Primavera casi flota en el aire, con los pies apenas rozando la hierba de un frondoso bosque florido en el que bailan las Tres Gracias. En cambio, la segunda es terrible: la Envidia, acompañada por el Engaño y la Malicia, envueltas en ropas sombrías aprueban la Calumnia quien, agarrando los cabellos de la víctima, arrastra por el suelo a Apolo semidesnudo, mientras que la Ignorancia y la Sospecha susurran palabras envenenadas al oído del rey. A distancia de ese conjunto maléfico, solitaria, apuntando hacia la justicia celestial, se encuentra la Verdad, desnuda, porque no tiene nada que ocultar. A nosotros, brasileños y brasileñas, portugueses y portuguesas, que durante años hemos vivido bajo dictaduras en las que el pensamiento era un delito, en las que amigos y amigas, compañeros y compañeras, en la lucha por la libertad, la justicia y la felicidad de nuestros pueblos fueron arrastrados en secreto a prisiones y calabozos sufriendo torturas físicas y psíquicas y asesinatos, dejando dolores y marcas indelebles en los supervivientes, el cuadro de Botticelli expone lo inaceptable y lo innombrable. Sin embargo, creo que no hay imagen más pertinente y adecuada para describir lo que con calumnias, fraude, malicia y envidia han perpetrado contra Boaventura de Sousa Santos, cuya biografía política revela su actuación en las luchas democráticas de Portugal, África, Brasil y otros países de América Latina, así como su decidida presencia en el Foro Social Mundial, y cuya biografía académica está tejida con los hilos de su pensamiento innovador y de su labor formadora de nuevas generaciones de profesores e investigadores en Portugal, Brasil, África y otras partes del mundo. Prueba de ello es la creación, en la Universidad de Coimbra, del Centro de Estudios Sociales y de la Revista Crítica de Ciencias Sociales. Una de las características más destacadas que definen la obra y la persona de Boaventura de Sousa Santos es la articulación entre la reflexión teórica y la intervención práctica, introduciendo conceptos innovadores y estimulantes, en los que el trabajo del pensamiento es el primer momento de una acción cuyos efectos se despliegan en la invención de nuevas prácticas sociales, políticas, jurídicas, científicas y universitarias. En resumen, para Boaventura, el pensamiento es el primer paso de una acción cuyos efectos se despliegan en la invención de nuevas prácticas sociales, políticas, jurídicas, científicas y universitarias. Para que las calumnias sean vistas como lo que son, comocalumnias, es necesario destacar y poner de manifiesto la fuerza teórica del trabajo de Boaventura, que no podía tener otra fuente que la agudeza de sus reflexiones, lo que le llevó a formular un concepto inédito en las ciencias sociales y en la filosofía, el del conocimiento emancipación, orientado a la crítica de lo que él denominó razón indolente, basado en un análisis de la crisis de la modernidad y el fracaso teórico y práctico para reconciliar la oposición entre regulación y emancipaciónconstitutivas del proyecto moderno. Para ello, Boaventura propone algo inédito: un nuevo paradigma como proceso de enfrentamiento y superación de la crisis de la modernidad, la ecología de los saberes, capaz de destruir los supuestos con los que la modernidad se opuso a la ignorancia y al saber como paradigma legitimador de exclusiones culturales superpuestas a formas de explotación económica, dominación ideológica y exclusión social y política. Los conceptos de conocimiento-emancipación y ecología de los saberes están intrínsecamente ligados en la medida en que expresan el núcleo epistemológico de las ciencias y la filosofía como trabajo que interroga la experiencia para convertirla en experiencia comprendida, pasando del hecho al concepto, del dato al significado. Precisamente porque apunta al saber desde la perspectiva del conocimiento emancipador y de una epistemología de la emancipación, tomando como determinación decisiva del saber su dimensión ético-política, la ecología de los saberes lleva a Boaventura de Sousa Santos al rechazo de la ideología del multiculturalismo. Esta presupone la existencia de una cultura dominante que acepta, tolera o reconoce la existencia de otras culturas en el espacio cultural donde prevalece. Frente al multiculturalismo, Boaventura de Sousa Santos propone la interculturalidad, que presupone la pluralidad cultural equitativa, el reconocimiento recíproco y el enriquecimiento mutuo entre las diversas culturas que comparten un determinado ámbito de interacción. En un mundo actualmente carente de pensamiento, acostumbrado a la razón indolente, es necesario reivindicar el trabajo creativo del pensamiento. Sin embargo, una segunda razón subyace para la elección de este camino. En efecto, la labor crítica de Boaventura de Sousa Santos nunca se realiza sin la elaboración de contrapropuestas teóricas y prácticas ya que, para él, es preciso reinventar la racionalidad, reinventar la sociedad, reinventar la política, reinventar la democracia, reinventar la cultura y reinventar la universidad. Por eso su obra busca recrear una teoría crítica cuyo significado se encuentra en la práctica de la emancipación; en otras palabras, su obra puede interpretarse con la expresión acuñada por él mismo: «conocimiento prudente para una vida decente». Por eso en su obra no es posible separar la teoría de la práctica. Su pensamiento es acción y sus acciones son pensamientos concretados en las prácticas de los sujetos sociales, políticos e históricos. Resulta ridícula la suposición de que un pensador de tal envergadura necesite plagiar a sus alumnas. Por otra parte, es igualmente malintencionado imaginar que el defensor de una vida digna pretendiera aprovecharse de una supuesta ingenuidad por su parte para acosarlas sexualmente, pues no debemos olvidar que, como becarias del Centro de Estudios Sociales, quienes difamaron se beneficiaron de una tradición académica de buenas condiciones de vida y de trabajo mediante procedimientos académicos para la remuneración de becas de investigación y no a través de favores sexuales. No solo eso. Al atribuirle falsamente una vida indecente, las calumniadoras violan los ideales de los movimientos feministas, ya que no es libertario valerse de la mentira como arma de liberación. La calumnia pretende no solo desacreditar a la persona de Boaventura de Sousa Santos, sino también su decisiva contribución intelectual como pensador capaz de desarrollar conceptos innovadores que dan sentido a nuestro presente y orientan nuestro futuro. No dejaremos que ganen. Como colega de Boaventura, expreso no solo mi indignación por la malicia perpetrada contra él y contra el Centro de Estudios Sociales, sino también mi admiración y respeto por su obra como pensador. Como mujer, siempre he reconocido su actitud generosa, elegante, amable y cortés en sus gestos y palabras. Como amiga, el cariño ha sido el sello distintivo de nuestra larga y feliz amistad. En uno de los pasajes más bellos de la Ética a Nicómaco , Aristóteles escribe que la amistad es la forma humana de imitar a lo divino. Finitos y necesitados, estamos condicionados por la carencia, la dependencia y la presencia de la muerte, pero también, y por eso mismo, nos mueve el deseo de plenitud y autonomía propios de Dios. Es la amistad la que nos acerca a lo divino: el cariño entre amigos, el compartir con ellos nuestra vida, la ayuda recíproca y desinteresada en la que cada uno complementa al otro, otorgando a cada persona y a la unidad que forman la forma humana más perfecta de la autonomía, la libertad y la felicidad, que parecerían reservadas solo a lo divino. Por eso, haciéndose eco de Aristóteles, La Boétie escribió que «la amistad es un nombre sagrado, una cosa santa; nunca se da excepto entre buenas personas y solo se conquista mediante la estima mutua; se mantiene menos por los beneficios y más por una vida buena. Lo que hace que un amigo se sienta seguro en otro es el conocimiento de su integridad, su bondad natural, su fidelidad y su constancia».   Marilena Chaui, São Paulo, 18 de agosto de 2025

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