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A Morte Civil de Boaventura de Sousa Santos. Por Maria Irene Ramalho

  • Foto do escritor: Maria Irene Ramalho
    Maria Irene Ramalho
  • 30 de out.
  • 2 min de leitura

A autora deste texto é Maria Irene Ramalho, Professora Catedrática Jubilada da FLUC, Afiliada Internacional de UW-Madison (1990-2018), Investigadora do CES (1990-2024). Sou a mulher de Boaventura de Sousa Santos. Conheço os factos. Não leia mais quem entenda que eu não seria capaz de falar do assunto com objectividade.

2023-2025


Tudo começou com a publicação do artigo “The walls spoke when no one else would: Autoethnographic notes on sexual-power gatekeeping within avant-garde academia”, de Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro e Miye Nadya Tom. In Sexual Misconduct in Academia: Informing and Ethics of Care in the University. Ed. Erin Pritchard and Delyth Edwards. London: Routledge, 2023.


Tratava-se de um artigo científico sobre assédio na academia? Ou de um panfleto escrito de má-fé e com um sórdido e óbvio objectivo? Destruir o CES. Para tal seria fundamental destruir o seu Director Emérito (como se diz na p. 222 do capítulo difamatório).


Gay Seidman (Socióloga, University of Wisconsin-Madison) e Linda Gordon (Historiadora, New York University) são duas distintas cientistas sociais feministas que conhecem bem e admiram o trabalho que o CES desenvolveu sob a liderança de Boaventura de Sousa Santos. A flagrante falta de ética científica do capítulo assinado por Viaene, Larangeiro e Tom, cheio de acusações assentes em boatos e pichagens anónimas, indignou-as e levou-as endereçar uma carta à Routledge a denunciá-lo, esperando uma reacção adequada da editora. A Routledge respondeu prontamente a agradecer a chamada de atenção. O que os comentários de Seidman e Gordon não chegavam a fazer era pôr a nu a má fé com que o capítulo está escrito e qual foi o objectivo que o motivou. É o que faz a análise crítica que se segue, e que mostra bem a escolha insidiosa da bibliografia de que se servem as autoras e a leitura enviesada que dela fazem. O capítulo não revela só falta de ética académica. Pretendendo passar por científico numa editora reputada, o capítulo de científico não tem nada. Por que motivo passou ele o crivo da avaliação editorial, é o que falta saber. O título devia ter de imediato alertado os peer reviewers. O que “falaram as paredes” afinal? Que o “Star Professor” (Boaventura de Sousa Santos) é um “violador”. As três autoras do capítulo deviam ter sido imediatamente processadas pelo CES, que devia também ter logo interpelado a Routledge sobre esta publicação. Por que razão tal não aconteceu é assunto que precisa ainda de esclarecimento.


As autoras admitem que vão buscar a designação de “Star Professor” a um artigo da jornalista Esther Wang, publicado em Jezabel, uma revista americana especializada em escândalos políticos e sexuais, sobre o conhecido caso de Avital Ronell, uma professora de Literatura Comparada de New York University, comprovadamente acusada de prolongado assédio sexual sobre um dos seus orientandos.


Leia o texto completo aqui.


 
 
 

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