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O projecto Alice: Para memoria futura

Entre 2011 e 2016 dirigi um projecto com financiamento do Conselho Europeu de Investigação no montante de 2.400.000 euros. A apresentação do projecto feita em 2011 segue abaixo. Terminado o projecto com pleno êxito segundo as autoridades europeias decidi com a equipa que me acompanhava transforma o projecto em programa de investigação, na forma de grupo de trabalho, um entre vários outros que existiam no Centro de Estudos Sociais (CES). Este programa esteve em pleno desenvolvimento até à difamação que me atingiu a mim e mais dois importantes investigadores do CES, Maria Paula Meneses e Bruno Sena Martins. Além do resumo do projecto, apresento as actas mais importantes  de reuniões e de actividades que foram sendo redigidas ao longo do projecto. As actas eram redigidas por investigadores e investigadoras integrantes do projecto. Entre 2017 e 2020 estivemos concentrados na produção e publicação dos livros do projecto.

Estes documentos são o espelho do modo como foi realizado projecto depois transformado em programa de investigação. Quando o projecto se transformou em programa criou-se um novo grupo whatsapp de que incluo as mensagens entre 2020 e 2022.

Quem tiver tempo e disponibilidade para analisar esta extensa documentação (reproduzida tendo presente a protecção de dados) concluirá que se tratou de uma construção colectiva com momentos de alegria e de tensão e que foi levada a cabo com pleno êxito. Esta leitura pode ser útil sobretudo para as novas gerações de cientistas sociais.

ALICE

Espelhos estranhos, lições inesperadas:

definindo para a Europa uma nova forma de partilhar as experiências do mundo

Quem é equipa?

A equipa de investigação, internacional e multidisciplinar, inclui 12 investigadores oriundos de vários continentes. A concretização do projeto beneficia, ainda, da colaboração de um grupo mais alargado de investigadores do CES, bem como de um vasto conjunto de cientistas sociais, decisores políticos, activistas e jornalistas convidados.

 

Quais as premissas?

 

A compreensão do mundo excede em muito a compreensão europeia do mundo.- Não faltam alternativas no mundo o que falta é um pensamento alternativo das alternativas.- A diversidade do mundo é infinita e nenhuma teoria geral a pode captar.- A alternativa à teoria geral é a promoção de uma ecologia de saberes em conjunto com a tradução intercultural.

 

Quais as áreas temáticas?

 

Democratização da democracia: Novas experiencias de “democracia de alta intensidade”, bem como articulações entre diferentes formas de deliberação democrática, num horizonte de valorização da demodiversidade.

 

Constitucionalismo transformador, interculturalidade e reforma do Estado: Constitucionalismo experimental e pós-colonial, com origem em lutas populares, que rompe com os pressupostos de unidade, uniformidade e monoculturalismo do Estado moderno.

 

Outras economias: Formas diversas de organização económica não capitalistas, num horizonte de construção de um novo senso comum económico e de uma economia plural.

 

Direitos humanos e outras gramáticas da dignidade humana: Os direitos humanos, com especial ênfase no direito à saúde, a par de outras gramáticas da dignidade humana, partindo de uma perspectiva intercultural.

 

Por onde estará ALICE?

 

A investigação será desenvolvida, de forma articulada, a partir de estudos de caso em países portadores de experiências relevantes no âmbito das quatro áreas temáticas acima identificadas: África do Sul, Bolívia, Brasil, Equador, Índia e Moçambique. O projeto não exclui a hipótese de estender o trabalho a outros países e experiências, que possam contribuir para a concretização dos seus objectivos. Os resultados da investigação serão contrastados com debates actuais e propostas recentemente desenvolvidas, no âmbito das quatro áreas temáticas do projeto, em França, Itália, Reino Unido, Espanha, Portugal e outros países da Europa.

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